Durante o tratamento, uma complicação grave exigiu que a criança fosse colocada em coma induzido, o que obrigou à sua transferência para o Hospital de São João, uma vez que o IPO do Porto não possui uma UCIP. Esta situação gerou nos pais uma “sensação total de impotência”. A petição argumenta que, embora o IPO seja uma instituição de excelência, a falta de cuidados intensivos próprios torna a vida das crianças dependente de fatores externos, como a disponibilidade de ambulâncias especializadas e de vagas noutros hospitais. Como refere o texto da petição, “a vida de uma criança pode depender da disponibilidade de uma ambulância equipada e com equipa especializada, da existência de uma vaga noutro hospital e de que o transporte ocorra sem atrasos”. Nuno Silva frisa que a iniciativa não é uma crítica à instituição, mas sim um apelo para reforçar as suas competências: “Isto nasce de uma situação pessoal, mas não é uma iniciativa pessoal, é por todas as famílias”.

A petição será submetida à Assembleia da República, transformando uma vivência traumática numa causa coletiva pela melhoria dos cuidados de saúde oncológicos pediátricos.