O incêndio, que lavrou durante 12 dias, deixou um rasto de destruição, transformando a paisagem verdejante num cenário negro.

A resposta da comunidade não se fez esperar, com cerca de 150 voluntários a mobilizarem-se para dar início ao processo de regeneração. Esta ação coletiva não só representa um esforço ambiental, mas também um ato de profundo significado para a identidade local, demonstrando a forte ligação da população à sua serra. A plantação de novas árvores é mais do que uma medida técnica de recuperação de ecossistemas; é um testemunho da capacidade de uma comunidade se reerguer perante a adversidade, transformando a dor da perda em ação construtiva.

Ao participarem ativamente na reflorestação, os voluntários não estão apenas a plantar árvores, mas a semear o futuro da sua própria terra, reafirmando o seu compromisso com a proteção do património natural.

A iniciativa serve de inspiração, mostrando como o envolvimento cívico pode ser uma força poderosa na mitigação de desastres ambientais e na construção de um futuro mais verde e sustentável. Este esforço coletivo é o primeiro de muitos passos necessários para devolver à Serra do Alvão a sua vitalidade, mas o seu impacto imediato reside na mensagem de união e na determinação de uma comunidade em não deixar que a sua paisagem se perca para as cinzas.