O manifesto, criado pelas próprias crianças, continha reivindicações como o “Direito à Paz”, “Direito à Família” e “Direito à Educação”, mas também pedidos concretos para melhorar a cidade à sua medida, como a criação de um novo parque, a instalação de mais caixotes do lixo, mais sacos para dejetos caninos e até “cozinhas de lama”.
O presidente Telmo Pinto recebeu as crianças no seu gabinete, ouviu atentamente as suas propostas e garantiu que seriam tidas em conta. “Estas reivindicações têm que ser ouvidas pois só vêm consolidar aquilo que já ouvimos e isso só significa que elas (as crianças) estão atentas aos problemas”, declarou o autarca. O momento simbólico em que as crianças se sentaram na cadeira do presidente reforçou a mensagem de que a sua voz tem lugar na governação.
Segundo Ivone Machado, diretora da instituição, a iniciativa foi o culminar de um trabalho pedagógico que envolveu o estudo dos direitos da UNICEF e a observação da cidade.
Este projeto não só educa para a cidadania, como também capacita as crianças a sentirem-se “cidadãos na comunidade”, capazes de identificar problemas e propor soluções.
A recetividade do executivo municipal transformou uma atividade escolar num verdadeiro exercício de democracia participativa.













