A análise deste projeto destaca a sua importância estratégica na abordagem a desigualdades sociais na saúde.
Após uma primeira edição bem-sucedida que alcançou cinco mil alunos do primeiro ciclo, esta nova fase concentra-se num público-alvo mais específico: crianças do pré-escolar e primeiro ciclo em situação de vulnerabilidade, como migrantes e crianças com necessidades educativas especiais. Segundo a equipa de coordenação, este público é cientificamente comprovado como “o mais debilitado e necessita de mais atenção”. O projeto, com a duração de três anos letivos, permitirá um acompanhamento mais prolongado, com avaliações de risco e intervenções a cada seis meses. As áreas de intervenção incluem medicina dentária e nutrição, dirigidas especificamente ao público-alvo, e uma vertente de literacia em saúde para todas as mais de 12 mil crianças da CIM. Estão também previstas ações de sensibilização para professores e encarregados de educação, como palestras e “desafios saudáveis”. Com um investimento de perto de 400 mil euros, financiado pelo Fundo Social Europeu Mais, o projeto demonstra um compromisso interinstitucional para combater problemas como as cáries e as deficiências nutricionais, que são “particularmente preocupantes nos estratos socioeconómicos mais desfavoráveis”.













