Milhares de voluntários e doadores uniram-se para apoiar famílias carenciadas, reforçando o papel da solidariedade num contexto de dificuldades económicas. A mais recente campanha de recolha de alimentos do Banco Alimentar Contra a Fome (BACF) mobilizou o país, com resultados expressivos em diversas regiões, apesar de uma ligeira quebra a nível nacional. No total, foram angariadas 2.150 toneladas de alimentos, menos 2,8% do que na campanha homóloga de 2024.
Ainda assim, a presidente da Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares, Isabel Jonet, elogiou a “sempre presente natureza solidária dos portugueses”.
A operação contou com a participação de cerca de 42 mil voluntários em mais de duas mil superfícies comerciais. A nível regional, os números refletem o forte envolvimento comunitário: no distrito de Braga, foram recolhidas 168 toneladas com o apoio de 3.500 voluntários; em Évora, 37 toneladas; em Viseu, 64 toneladas; e na Madeira, 33,1 toneladas, um valor que superou em 11,4% o do período homólogo. Em Famalicão, os cidadãos doaram quase 27 toneladas.
Os alimentos recolhidos, como leite, conservas, azeite, açúcar e massas, são distribuídos a instituições de solidariedade social previamente selecionadas, que os entregam a cerca de 380 mil pessoas com carências comprovadas, sob a forma de cabazes ou refeições confecionadas. Isabel Jonet destacou o papel dos voluntários, “pessoas de todas as idades, com convicções políticas e religiosas diversas que, participando, lado-a-lado, contribuem de forma fraterna e solidária para uma sociedade mais justa e coesa”. A campanha prolonga-se através de vales nos supermercados e da plataforma online, permitindo que a onda de solidariedade continue.












