A escolha da oliveira não foi aleatória; como explicou o presidente da Câmara, António Pimentel, esta espécie autóctone é reconhecida pela sua resiliência ao fogo, funcionando como uma barreira natural eficaz.

A plantação de 800 árvores numa área de cerca de quatro hectares cria uma “zona tampão” que reduz significativamente o risco de propagação de incêndios.

A mais-valia do projeto reside no seu duplo aproveitamento.

Em vez de uma simples faixa de proteção, o município criou um olival produtivo. “Daqui vamos produzir azeite de qualidade para abastecer as cantinas do município, havendo, assim, um duplo aproveitamento de recursos”, afirmou o autarca. Esta abordagem promove a autossuficiência, reduz custos para o erário público e valoriza um produto endógeno, com a possibilidade futura de criar uma marca municipal.

A iniciativa transforma uma despesa obrigatória num investimento com retorno social e económico.