O júri internacional destacou o trabalho "consistente e inovador" desenvolvido pela Maia, considerando-o um "exemplo inspirador de como o voluntariado pode promover a inclusão, a diversidade e a participação cívica". O projeto maiato para 2026 assenta na visão de que o voluntariado é um "bem comum" e um "recurso estratégico para o futuro". Um dos aspetos diferenciadores da candidatura, e que mereceu particular realce, foi o envolvimento de todas as faixas etárias, combatendo a ideia de que esta prática se destina apenas aos mais velhos.

Conforme salientou a vice-presidente da Câmara, Emília Santos, existem mesmo "oficinas de voluntariado nas escolas", com o objetivo de incutir nos mais novos "valores como o voluntariado, a partilha, valores essenciais em sociedades democráticas". Atualmente, o centro de voluntários da Maia conta com mais de 800 inscritos e colabora com cerca de 2.000 entidades. A distinção europeia surge na sequência do encerramento do ano da Maia como Capital Portuguesa do Voluntariado 2025, cuja cerimónia decorreu no Fórum da Maia e contou com a presença de Eugénio Fonseca, presidente da Confederação Portuguesa do Voluntariado. A Maia sucede assim a cidades como Mechelen (2025) e Trento (2024), tornando-se a segunda cidade portuguesa, depois de Lisboa em 2015, a ostentar este título.