A iniciativa foca-se em quatro municípios com forte pressão turística – Faro, Loulé, Lagoa e Portimão – com o objetivo de criar um "modelo piloto que seja replicável noutras regiões". O debate central, com o mote "Será que vamos ter de falar de Acessibilidade até 2050?

", expôs a frustração com o ritmo lento das mudanças.

Tiago Cantigas, embaixador da Associação Salvador, desabafou: "se continuarmos a este ritmo vamos continuar a falar até 2050 e quiçá será sempre um tema em debate".

A discussão abordou também as lacunas na legislação e na fiscalização.

João Luís Gonçalves, procurador-geral adjunto, apontou que, embora a legislação seja boa, a fiscalização tem dificuldades, especialmente em edifícios antigos, onde a lei permite evitar obras de custo "desproporcional", um conceito que permanece por definir.

A vereadora da Câmara de Faro, Tatiana Homem de Gouveia, assumiu o compromisso de "entrega total a esta causa", apelando a que os cidadãos exijam dos políticos "medidas e ações concretas" para garantir o respeito pela "dignidade da pessoa humana, seja ela quem for".