Numa ação simbólica de resiliência e esperança, a mata do Castelo de Vouzela, devastada pelos incêndios de 2017, recebeu a plantação de quinhentos carvalhos-alvarinhos. A iniciativa juntou mais de uma centena de voluntários, incluindo alunos, autarcas, sapadores florestais e jogadores das equipas de futebol profissional do Clube Desportivo de Tondela e do Académico de Viseu. Esta ação de reflorestação representa um passo significativo na recuperação de um território profundamente marcado pela tragédia de 2017. O presidente da Câmara de Vouzela, Carlos Oliveira, recordou que, pouco depois dos incêndios, o próprio Presidente da República esteve no local numa ação simbólica de arranque de eucaliptos.
Agora, a comunidade une-se para plantar espécies autóctones, mais resilientes ao fogo.
“Queremos continuar a dar vida para termos mais atrativos num território de baixa densidade”, frisou o autarca.
A iniciativa, inserida no projeto europeu Life Nieblas e coordenada pela CIM Viseu Dão Lafões, contou com uma participação diversificada que sublinha o seu caráter comunitário.
O capitão do Académico de Viseu, Luís Silva, que plantou uma árvore pela primeira vez, destacou a responsabilidade social dos clubes: “O Académico é mais do que um clube de futebol, representa uma região e nós temos a responsabilidade de estar presentes nestas ações, de ajudar a comunidade”. Para os jovens estudantes, como Martim Lourenço, que recordou a “muita tensão” vivida pela sua família em 2017, a participação foi uma forma de contribuir ativamente para a recuperação da natureza que consideram essencial para a vida.
Em resumoA reflorestação em Vouzela é um poderoso exemplo de resiliência comunitária, transformando a memória de uma tragédia num projeto coletivo de esperança. A união de diferentes setores da sociedade, do desporto à educação, demonstra um compromisso partilhado com a construção de um futuro mais sustentável para a região.