A situação ocorreu quando um cliente, após pagar as suas compras, deixou acidentalmente cair um maço de notas e alguns documentos.

Júlia Gibelli encontrou o dinheiro e, ao invés de o guardar para si, sentiu uma responsabilidade imediata para com o proprietário.

"Pensei logo que a pessoa que perdeu devia estar muito triste e que certamente o dinheiro estaria a fazer falta, podia ser para pagar uma renda", relatou a jovem.

A sua determinação em encontrar o dono levou-a a contactar um dos números de telefone presentes nos documentos, que pertencia a Luís Videira, um deputado municipal. A identidade do proprietário revelou-se particularmente comovente: tratava-se de um homem que Joca, como é conhecido o deputado, estava a ajudar, e que tinha estado a viver na rua. A devolução do dinheiro, que o homem nem se tinha apercebido de ter perdido, foi um momento de grande emoção, levando-o "até a chorar". A atitude de Júlia Gibelli foi amplamente elogiada, com Joca a sublinhar a sua excecionalidade: "Se fosse outra pessoa, metia o dinheiro ao bolso".

Esta história transcende um simples gesto de honestidade; é um testemunho de empatia e integridade, demonstrando como uma ação individual pode restaurar a fé na bondade humana e ter um impacto significativo na vida de alguém em situação de vulnerabilidade.