O evento transforma a vila num ponto de encontro e partilha, onde o fogo simboliza a continuidade, a memória e o espírito coletivo da quadra. Na noite de 23 para 24 de dezembro, a vila transforma-se em torno de uma fogueira monumental, um ritual que devolve à localidade a consciência da sua identidade. Como descreve um dos artigos, "o Maior Madeiro de Portugal não é apenas um amontoado monumental de troncos; é um gesto antigo que resiste ao tempo e que, ano após ano, devolve à vila a consciência de quem é e de onde vem". A organização está a cargo dos jovens que completam vinte anos, a chamada "Malta do Ano", que asseguram o corte e transporte da lenha, num processo que envolve um forte espírito de entreajuda e participação cívica. O acender do Madeiro é o ponto alto de um programa mais vasto, o "Penamacor Vila Madeiro", que inclui mercado de Natal, gastronomia, música e outras iniciativas culturais, atraindo residentes e visitantes.

O evento não se explica apenas pela sua dimensão física, mas pela forma como envolve toda a comunidade, transformando o espaço público num lugar de encontro onde o passado aquece o presente e se reforçam os laços sociais.