Na última reunião, em junho, o BCE efetuou um corte de 0,25 pontos percentuais, reduzindo a principal taxa diretora para 2%. Essa foi a oitava descida desde o início do ciclo de cortes em junho de 2024 e, segundo a maioria dos analistas, deverá ser a última deste ano. A expectativa de uma pausa está alinhada com a nova estratégia do BCE, que defende uma maior flexibilidade num ambiente económico global mais incerto e volátil. Analistas do BPI Research consideram que um novo corte após esta pausa seria "preventivo e em resposta à alta incerteza geopolítica e aos riscos de queda sobre a atividade económica". A Allianz Global Investors partilha desta visão, apontando as tensões comerciais entre os EUA e a UE como o maior risco a curto prazo. A recente valorização do euro poderá também ter um efeito desinflacionista, o que pode influenciar as futuras decisões do banco central. A reunião ocorre num momento em que os mercados também estão atentos a outros indicadores, como as estimativas preliminares do PMI, que medem a atividade nos setores da indústria e dos serviços.
