Apesar da preparação para uma potencial guerra comercial, a Comissão Europeia mantém a esperança numa solução negociada. O porta-voz para o Comércio, Olof Gill, garantiu que a UE está em “diálogo intenso” com os EUA a nível técnico e político, afirmando: “acreditamos que um resultado está ao nosso alcance e estamos a trabalhar com toda a nossa força para o concretizar”. Notícias recentes, citadas em vários artigos, sugerem que um acordo está próximo e poderá ser semelhante ao alcançado entre os EUA e o Japão, com tarifas fixadas em 15%, um valor significativamente inferior aos 30% ameaçados por Trump. Este potencial acordo isentaria produtos críticos como aeronaves, bebidas espirituosas e dispositivos médicos. A incerteza em torno deste tema foi um fator determinante para a decisão do BCE de pausar os cortes nas taxas de juro, como sublinhou a sua presidente, Christine Lagarde. A lista de retaliação da UE, que funde dois pacotes propostos anteriormente, abrange desde produtos agroalimentares a bens industriais, incluindo automóveis e peças, visando exercer pressão máxima sobre a economia norte-americana caso as negociações falhem.
