O acordo entre os EUA e o Japão, que fixou as tarifas em 15%, serviu de catalisador para os mercados europeus. Os investidores interpretaram este desenvolvimento como um sinal de que a administração Trump está disposta a negociar, aumentando a probabilidade de um desfecho semelhante para a UE e afastando o cenário de uma guerra comercial total com tarifas de 30%. A reação no setor foi imediata: as ações da Stellantis lideraram os ganhos, subindo mais de 9%. A Volkswagen e a Mercedes-Benz também registaram valorizações expressivas, próximas de 6%, enquanto a BMW avançou mais de 4%. Este desempenho positivo contrasta com as dificuldades que o setor tem enfrentado, com a Stellantis, por exemplo, a acumular uma perda de quase 32% desde o início do ano. O alívio nas tensões comerciais é crucial para a indústria automóvel europeia, que tem nos Estados Unidos um dos seus principais mercados de exportação e que seria severamente penalizada por um aumento das barreiras comerciais.
