O volume de negócios do fabricante de veículos elétricos caiu 16% no segundo trimestre, marcando a maior quebra de receitas trimestrais da empresa na última década e ficando abaixo das expectativas dos analistas. Em consequência direta, as ações da Tesla registaram uma queda de cerca de 9% na passada quinta-feira, para 302 dólares. Esta desvalorização teve um impacto direto na fortuna de Elon Musk, que viu o seu património reduzido em aproximadamente 17 mil milhões de dólares (cerca de 14,5 mil milhões de euros) num único dia, segundo cálculos da Forbes Internacional. O valor da sua participação na Tesla diminuiu de 136,3 mil milhões de dólares para 123,7 mil milhões. Apesar deste revés, Musk continua a ser o homem mais rico do mundo. O desempenho negativo das ações reflete um sentimento de crescente ceticismo por parte dos investidores, que parecem já não ser convencidos apenas pelas grandes promessas do CEO. Analistas alertam que os investidores podem estar "a ficar cansados da constante distração" causada pelo envolvimento de Musk na política. Durante a apresentação dos resultados, Musk admitiu que a empresa poderá enfrentar "alguns trimestres difíceis", especialmente devido ao impacto do projeto de lei do presidente Donald Trump que elimina um crédito fiscal de 7.500 dólares para a compra de veículos elétricos, uma medida que o próprio Musk considerou "incrivelmente destrutiva" para os Estados Unidos.
