A marca de roupa desportiva alemã revelou dados preliminares para o segundo trimestre que mostraram um recuo de 2,0% nas vendas, para 1,947 mil milhões de euros, com quedas particularmente acentuadas em mercados chave como a América do Norte (-9,1%), Europa e China (-3,9%). No entanto, o fator que mais abalou a confiança dos investidores foi a revisão em baixa das projeções para o ano inteiro. A Puma anulou a sua expectativa anterior de crescimento das vendas e agora antecipa uma descida na ordem dos dois dígitos. A empresa justificou a alteração com a "volatilidade macroeconómica e geopolítica" e os desafios específicos do setor, com especial destaque para as tarifas comerciais. A reação do mercado foi imediata e severa. As ações da Puma, cotadas na bolsa de Frankfurt, chegaram a cair 17,82%, atingindo mínimos não vistos desde meados de abril. A desvalorização da Puma ameaçou arrastar as suas rivais, com a Adidas a registar também perdas na mesma sessão. Este episódio evidencia a vulnerabilidade das empresas europeias com forte exposição ao mercado norte-americano face às atuais tensões comerciais, tornando-se um exemplo claro do impacto direto das políticas protecionistas nos resultados corporativos e na avaliação bolsista.
