A posição dos EUA foi claramente expressa pelo Secretário do Comércio, Howard Lutnick, que afirmou: “Sem prolongamento, sem mais atrasos. No dia 01 de agosto, as tarifas serão fixadas. Vão entrar em vigor”. A ameaça principal consiste na aplicação de uma taxa de 30% sobre as exportações europeias, uma medida que a UE procura evitar a todo o custo para não desencadear uma guerra comercial. Do lado europeu, a prioridade é a estabilidade, mas Bruxelas chega à mesa de negociações com um pacote de retaliação de 93 mil milhões de euros previamente aprovado. O Presidente Trump, que considera haver “50% de hipóteses” de um acordo, acusa a UE de aplicar tarifas de 30% sobre produtos americanos, um valor que, segundo a Organização Mundial do Comércio (OMC), é superior à média real. Apesar da retórica dura, fontes diplomáticas indicam que poderá haver um caminho para um compromisso. A solução poderá passar por uma taxa de 15% sobre os produtos europeus, um valor semelhante ao acordado recentemente entre os EUA e o Japão e próximo da tarifa média efetiva que Washington já aplica a produtos europeus. A delegação da UE, que inclui o vice-presidente executivo Maros Sefcovic, espera que esta aproximação seja suficiente para convencer Trump, que, segundo Lutnick, é “o líder na mesa de negociações” e a quem caberá a decisão final.
