O sindicato denuncia que a transportadora aérea, que detém 49,9% da Menzies, está a utilizar técnicos de manutenção da própria TAP para executar funções dos grevistas, como as comunicações críticas entre a placa e o 'cockpit', uma prática que o SIMA classifica como uma “violação grosseira da lei da greve”. Em resposta, fonte oficial da TAP assegura que a empresa está a atuar “no estrito cumprimento da lei” para minimizar o impacto nos passageiros. A paralisação, convocada pelo SIMA e pelo Sindicato dos Transportes (ST), é a primeira de uma série de cinco greves de quatro dias agendadas para os fins de semana até ao início de setembro. Os trabalhadores reivindicam o fim de salários base abaixo do salário mínimo nacional, o pagamento de horas noturnas e melhores condições salariais. O impacto da greve tem sido significativo, com mais de 40 voos cancelados no sábado e pelo menos 27 no domingo, em Lisboa. Adicionalmente, a paralisação teve, pela primeira vez em dez anos, adesão no aeroporto do Porto. O SIMA adverte para um efeito “bola de neve”, prevendo uma “degradação total do serviço” caso a administração da Menzies não regresse às negociações para resolver as reivindicações dos trabalhadores.
