O 'top cinco' dos municípios mais ricos não sofreu alterações face ao ano anterior, com Lisboa (14.282 euros), Alcochete (13.654 euros), Cascais (13.406 euros) e Coimbra (13.241 euros) a seguirem Oeiras. No total, 71 concelhos apresentaram valores superiores à referência nacional, concentrando-se maioritariamente nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto e noutras zonas do litoral. Em contrapartida, as sub-regiões do Alto Tâmega e Barroso (9.449 euros) e do Tâmega e Sousa (9.819 euros) registaram os rendimentos medianos mais baixos, evidenciando um fosso profundo entre o litoral e o interior. Um dado particularmente notável é o do município de Odemira, o único em todo o país onde o valor mediano do rendimento líquido por pessoa diminuiu em 2023 (-0,3%). O presidente da Câmara, Hélder Guerreiro, atribui esta realidade à predominância de setores como a agricultura e o turismo, que tradicionalmente pagam salários mais baixos, e à ausência de um setor industrial mais robusto.
