FMI revê em alta crescimento mundial para 3% em 2025 devido a alívio comercial

O Fundo Monetário Internacional (FMI) melhorou as suas previsões para a economia global, projetando agora um crescimento de 3% em 2025 e 3,1% em 2026, uma revisão em alta de 0,2 e 0,1 pontos percentuais, respetivamente, face às estimativas de abril. A principal razão para este otimismo é o desanuviamento das tensões comerciais, nomeadamente a aplicação de taxas alfandegárias médias efetivas nos EUA inferiores às anteriormente anunciadas. A instituição liderada por Kristalina Georgieva destacou que a economia mundial mantém uma "resiliência ténue no meio de uma incerteza persistente". Para a Zona Euro, o FMI prevê um crescimento de 1% este ano, uma melhoria de 0,2 pontos percentuais, largamente impulsionada pelo forte desempenho do PIB da Irlanda no primeiro trimestre, resultante de um aumento nas exportações farmacêuticas para os EUA em antecipação às tarifas. Sem o contributo irlandês, a revisão para a área do euro seria de apenas 0,1 pontos. A China, segunda maior economia mundial, deverá crescer 4,8%, uma revisão em alta significativa de 0,8 pontos, refletindo uma atividade mais forte no primeiro semestre e a redução das tarifas com os EUA. Para os Estados Unidos, a previsão de crescimento foi ajustada para 1,9% em 2025 e 2% em 2026. Apesar da revisão positiva, o FMI alerta que os riscos para as perspetivas se inclinam para o lado negativo, incluindo uma possível escalada de tensões geopolíticas ou um ressurgimento das disputas tarifárias, que poderiam levar a um crescimento mais fraco.

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Em resumo

O FMI está mais otimista quanto ao crescimento económico global, impulsionado pela redução das tensões comerciais, mas sublinha que a recuperação é frágil e vulnerável a novos choques geopolíticos e protecionistas.