Stellantis reverte para prejuízo de 2,3 mil milhões de euros pressionada por tarifas

O grupo automóvel Stellantis, detentor de marcas como Peugeot, Fiat e Chrysler, anunciou um prejuízo de 2.256 milhões de euros no primeiro semestre de 2025, uma inversão acentuada face ao lucro de 5.646 milhões de euros obtido no mesmo período do ano anterior. A empresa atribuiu este resultado negativo a uma quebra de 13% nas receitas, que totalizaram 74.261 milhões de euros, e ao impacto significativo das tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos. A construtora estima que o impacto líquido das tarifas deverá rondar os 1,5 mil milhões de euros para o ano de 2025, dos quais 300 milhões foram incorridos já no primeiro semestre. A quebra nas receitas foi particularmente sentida nas regiões da América do Norte, com uma redução de 26%, e na Europa Alargada. Para além das tarifas, a empresa mencionou o efeito de "taxas de câmbio desfavoráveis" e a diminuição do volume no mercado europeu de veículos comerciais ligeiros como fatores contribuintes. Os resultados incluem ainda custos de reestruturação de 522 milhões de euros e um encargo de 239 milhões relacionado com a campanha de substituição dos airbags Takata. O recém-empossado CEO, Antonio Filosa, reconheceu que 2025 "está a mostrar-se um ano difícil, mas também de melhorias graduais", apontando para sinais de progresso em comparação com o segundo semestre de 2024. Para a segunda metade do ano, a Stellantis espera uma melhoria nos resultados, impulsionada por um aumento das receitas.

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Em resumo

As tarifas norte-americanas e os custos de reestruturação levaram a Stellantis a um prejuízo significativo no primeiro semestre, evidenciando a forte vulnerabilidade do setor automóvel europeu às atuais tensões comerciais globais.