O presidente executivo, Miguel Maya, destacou que "o semestre foi muito marcado pela incerteza e volatilidade por conta da guerra comercial e as guerras na Ucrânia e Médio Oriente". Apesar deste cenário, o banco demonstrou resiliência, com a margem financeira a crescer 3,3% para 1,44 mil milhões de euros, resistindo à pressão da descida das taxas de juro. As comissões também contribuíram positivamente, subindo 4% para 413,8 milhões de euros, reflexo do aumento do número de clientes ativos, que ultrapassou os sete milhões a nível do grupo. A atividade em Portugal foi particularmente robusta, gerando um lucro de 424 milhões de euros, um crescimento de 3,2%. As operações internacionais, impulsionadas pelo Bank Millennium na Polónia, cresceram 11,8%, apesar dos encargos significativos de 276,5 milhões de euros associados aos créditos em francos suíços. Do lado dos custos, registou-se um aumento de 10,5% nos custos operacionais consolidados, para 683,5 milhões de euros. O banco também viu um crescimento nos recursos de clientes, que aumentaram 5,5% para 106,2 mil milhões de euros, e na carteira de crédito, que subiu 3,4% para 60,3 mil milhões. Na bolsa, as ações do BCP reagiram positivamente, com uma subida de 0,32% para 0,69 euros, refletindo a confiança dos investidores nos resultados e na execução do plano estratégico do banco.
