A síntese de execução orçamental, divulgada pela Entidade Orçamental, revela uma aceleração significativa na cobrança de impostos, que atingiu 28.538,1 milhões de euros. A variação na receita do IRC foi a mais expressiva, com um crescimento homólogo de 221,9% (+2,65 mil milhões de euros). No entanto, a entidade ressalva que esta variação se deve, sobretudo, ao "desfasamento dos prazos para o pagamento da autoliquidação entre 2024 e 2025", já que este ano o prazo terminou a 30 de junho, enquanto no ano anterior foi prorrogado para julho. Excluindo este e outros efeitos não recorrentes, a receita fiscal cresce 7,5%. A receita de IRS também aumentou 11,9% (800,9 milhões de euros), beneficiando de uma redução nos reembolsos. Nos impostos indiretos, o IVA, principal fonte de receita, cresceu 11,6%, para 12,36 mil milhões de euros. A receita total das administrações públicas cresceu 13,9%, superando largamente o aumento da despesa (4,5%). Estes resultados levaram o Ministério das Finanças a reforçar "a confiança do executivo de que o país atingirá um excedente orçamental este ano, em contabilidade nacional, em torno dos 0,3% do PIB".
