Este desempenho representa uma inversão significativa face ao primeiro trimestre, cujos dados foram revistos em alta pelo INE para uma variação homóloga de 1,7% e uma contração em cadeia de 0,4%. A aceleração da atividade económica entre abril e junho foi sustentada por uma alteração nos seus principais motores. Segundo o INE, "o contributo negativo da procura externa líquida para a variação homóloga do PIB foi menos acentuado, refletindo a desaceleração mais pronunciada das importações de bens e serviços que a observada nas exportações de bens e serviços". Por outro lado, o contributo da procura interna diminuiu, "em resultado do abrandamento do investimento". A recuperação das exportações e o aumento do consumo privado em cadeia foram cruciais para este resultado. A performance da economia portuguesa no segundo trimestre alinha-se com as previsões mais otimistas e dá força à convicção do Governo de que o crescimento anual poderá rondar os 2%, apesar do arranque de ano mais fraco. O desempenho positivo da economia portuguesa contrasta com o abrandamento verificado na Zona Euro, onde o PIB cresceu apenas 0,1% em cadeia, penalizado pela contração na Alemanha e em Itália.
