A administração Trump adiou a entrada em vigor das novas taxas para 7 de agosto, prolongando um período de incerteza para as empresas exportadoras. A nova política tarifária, que substitui ameaças de taxas de até 30%, fixa um limite geral de 15% para a maioria dos produtos europeus, um desfecho que a antiga comissária Elisa Ferreira descreveu como o "mal menor".
O comissário europeu do Comércio, Maros Sefcovic, saudou o acordo por reforçar a "estabilidade para as empresas, bem como a confiança na economia transatlântica".
No entanto, o entendimento não foi universalmente bem recebido, com analistas a considerá-lo uma validação da "estratégia coerciva de Trump".
A medida abrange um vasto leque de países, com taxas que variam entre 10% e 50%, afetando parceiros comerciais como o Canadá, que viu as suas tarifas aumentadas para 35%, e a Suíça, que enfrenta uma taxa de 39%.
O acordo com a UE prevê isenções para setores estratégicos como semicondutores e componentes aeroespaciais, mas setores como o vinícola poderão ser penalizados.
A União Europeia mantém um pacote de retaliação de 93 mil milhões de euros em suspenso, aguardando a implementação formal do acordo por parte de Washington.
A instabilidade gerada levou a uma valorização do dólar, com o euro a caminhar para o seu pior desempenho semanal desde 2022.