A incerteza sobre o impacto económico da medida nos setores exportadores do continente gerou uma forte aversão ao risco.
Os mercados europeus sentiram o peso do acordo comercial que, apesar de fixar uma tarifa de 15% e evitar o cenário mais gravoso de 30%, representa um custo adicional significativo para as empresas. A bolsa de Paris liderou as perdas, com o CAC 40 a cair 2,08%, seguida por Milão e Frankfurt, ambos com desvalorizações de 1,74%.
O índice pan-europeu Euro Stoxx 50, que agrega as maiores empresas da região, recuou 1,94%, enquanto Madrid e Londres registaram perdas mais contidas, de 1,16% e 0,50%, respetivamente.
A preocupação central reside no impacto sobre a economia alemã, a maior da Europa, cujo PIB poderá ser reduzido entre 0,1% e 0,2% ao longo de um ano, segundo centros económicos alemães.
O setor automóvel foi um dos mais penalizados, com analistas da Fitch a preverem uma diminuição da rentabilidade dos fabricantes europeus em 2025.
A pressão vendedora foi transversal a quase todos os setores, refletindo um pessimismo generalizado que ofuscou dados macroeconómicos como a estabilização da inflação na Zona Euro nos 2%.