O desempenho reflete o novo ambiente macroeconómico para o setor bancário, que vê as suas margens pressionadas.
O principal fator para a quebra nos resultados foi a margem financeira, que representa a diferença entre os juros cobrados no crédito e os pagos nos depósitos, e que recuou 19,3% em termos homólogos para 695,7 milhões de euros.
O presidente executivo do banco, Pedro Castro e Almeida, confirmou que a redução dos lucros esteve relacionada "com a redução das taxas de juro, sobretudo nos créditos".
Apesar da compressão da margem, o banco demonstrou um forte dinamismo comercial, com o crédito total a clientes a crescer 10%, atingindo 51,7 mil milhões de euros. O crédito à habitação foi um dos principais impulsionadores, beneficiando da medida de garantia pública para jovens, no âmbito da qual o banco recebeu mais de 9.100 pedidos, correspondentes a 1.700 milhões de euros, tendo já formalizado quase 500 milhões de euros. O banco manteve níveis elevados de rentabilidade, com um ROTE de 32,9%, e de eficiência, com um rácio de 27,1%.