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Economia August 2, 2025

Lucros dos cinco maiores bancos em Portugal recuam 0,4% para 2,6 mil milhões de euros

Os cinco maiores bancos a operar em Portugal registaram lucros agregados de 2.609 milhões de euros no primeiro semestre, uma ligeira redução de 0,4% em termos homólogos. A queda das taxas de juro pressionou as margens financeiras, mas o aumento do volume de crédito ajudou a suster os resultados do setor. No total, os lucros acumulados da Caixa Geral de Depósitos (CGD), Santander Totta, Millennium BCP, Novo Banco e BPI caíram 10,6 milhões de euros face ao mesmo período do ano anterior.

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A principal causa desta evolução foi a contração da margem financeira, que representa a diferença entre os juros cobrados nos empréstimos e os pagos nos depósitos.

Esta margem recuou 7,31%, para 4.425 milhões de euros, refletindo o alívio nas taxas de juro promovido pelo Banco Central Europeu.

A evolução dos resultados foi, no entanto, díspar entre as instituições.

O BPI e o Santander viram os seus lucros reduzir em 16% e 8%, respetivamente, penalizados diretamente pela diminuição da margem financeira. Em contrapartida, os lucros do Novo Banco avançaram 17,5%, para 434,9 milhões de euros, impulsionados por um efeito de base relacionado com os custos da mudança de sede no ano anterior. O BCP registou um crescimento mais modesto de 3,5%, para 502,3 milhões, apoiado pela atividade internacional na Polónia, que permitiu que a sua margem financeira crescesse 3,3%, contrariando a tendência do setor. Já na CGD, o banco público, a subida de 0,44% para 893,2 milhões de euros deveu-se, em parte, à reversão de provisões e imparidades.

Em termos de pessoal e agências, os cinco bancos contavam com 25.375 funcionários e 1.829 balcões, ambos os números ligeiramente inferiores aos do ano anterior.

ai briefingEm resumo
O setor bancário português demonstrou resiliência no primeiro semestre, com os lucros a manterem-se estáveis apesar da contração da margem financeira. O crescimento do crédito foi crucial para compensar o impacto da descida das taxas de juro, embora os resultados individuais dos bancos tenham sido díspares.

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