O acordo com a União Europeia fixa uma taxa de 15%, mas outros parceiros como o Canadá e a Suíça enfrentam taxas mais elevadas, gerando incerteza nos mercados globais. Através de uma ordem executiva, o Presidente Donald Trump adiou por uma semana a aplicação das novas taxas alfandegárias, permitindo mais alguns dias para negociações.
O acordo preliminar alcançado com a União Europeia estabelece uma tarifa de 15% sobre a maioria dos produtos europeus, um valor inferior aos 30% inicialmente ameaçados.
O comissário europeu do Comércio, Maros Sefcovic, saudou a medida, afirmando que o limite de 15% "reforça a estabilidade para as empresas, bem como a confiança na economia transatlântica".
No entanto, o acordo não é universal.
Outros países enfrentam taxas significativamente mais altas: a Suíça será taxada em 39%, o Canadá em 35% e a África do Sul em 30%.
O setor automóvel é um dos mais afetados, com a Ford a prever um custo adicional de dois mil milhões de dólares este ano devido às tarifas. Outras gigantes como a General Motors, Stellantis e Apple já sentem o impacto, com perdas de faturação que, segundo o jornal "El País", já atingem dez mil milhões de euros. O acordo com a UE inclui também o compromisso europeu de comprar 750 mil milhões de dólares em energia norte-americana, um valor que alguns especialistas consideram irrealista.
A incerteza em torno da implementação final destas medidas e o seu impacto económico contribuíram para a queda generalizada das bolsas europeias e asiáticas.