A previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) real para 2025 foi reduzida de 3,2% para 2,5%, um abrandamento considerável face aos 5,5% registados em 2023.
A agência atribui esta desaceleração ao "amplo impacto negativo da violência pós-eleitoral na atividade económica" e aos "efeitos de amortecimento da escassez de divisas na atividade empresarial".
A Fitch também aponta para constrangimentos financeiros, elevados riscos no serviço da dívida interna, alargamento do défice orçamental e elevada dívida pública como fatores de preocupação. O défice fiscal aumentou para 4,9% do PIB em 2024, e a agência manifesta preocupação com a suspensão do programa de apoio do Fundo Monetário Internacional (FMI). A recuperação económica a médio prazo está fortemente dependente da retoma do megaprojeto de Gás Natural Liquefeito da TotalEnergies em Cabo Delgado, suspenso desde 2021.
A Fitch assume que os trabalhos regressarão no "quarto trimestre de 2025", o que permitiria um crescimento de 3,4% em 2026 e 4% em 2027.