A CGD destacou-se com o melhor desempenho da zona euro, demonstrando uma forte capacidade de resistência a um cenário económico adverso.
Os resultados, divulgados ontem, testaram a resiliência do sistema bancário europeu a um cenário hipotético de recessão severa, que inclui instabilidade geopolítica, desaceleração económica, inflação elevada e taxas de juro altas. A Caixa Geral de Depósitos (CGD) alcançou "o melhor desempenho da zona euro -- menor delapidação do capital", repetindo o feito de 2023. Num cenário adverso, o rácio de capital CET1 da CGD aumentaria para 20,02% no final de 2027, mantendo a capacidade de distribuir mais de mil milhões de euros em dividendos. O Banco Comercial Português (BCP) também registou resultados melhores que a média europeia, com uma redução de capital no cenário adverso inferior à média dos 64 bancos analisados. O Novobanco apresentou igualmente resultados robustos, com uma melhoria significativa face ao exercício de 2023, alcançando um rácio CET1 de 18,6% no final do período de teste.
A EBA concluiu que a banca europeia está hoje mais resiliente a uma potencial crise, em grande parte devido ao aumento dos seus lucros.
Os testes não têm um limiar de aprovação ou reprovação, mas servem como uma importante fonte de informação para o processo de análise e avaliação dos supervisores (SREP), que determinará os requisitos de capital específicos para cada banco.