A queda foi impulsionada pela divulgação de dados do emprego mais fracos do que o esperado e pelo agravamento das tensões comerciais, com a instabilidade a ser exacerbada por uma decisão controversa do Presidente Donald Trump.
O índice seletivo Dow Jones Industrial Average perdeu 1,23%, o tecnológico Nasdaq caiu 2,24% e o alargado S&P500 recuou 1,60%.
O pessimismo dos investidores foi desencadeado pela degradação do mercado de trabalho em julho, que viu a taxa de desemprego subir para 4,2% e a criação de apenas 73 mil postos de trabalho, um número consideravelmente abaixo das expectativas. Adicionalmente, os dados de maio e junho foram revistos em forte baixa, atingindo níveis não vistos desde a pandemia.
A reação de Donald Trump foi imediata e drástica, ordenando a demissão de Erika McEntarfer, diretora do Gabinete de Estatísticas Laborais. Numa publicação na sua rede social, Trump acusou a diretora, nomeada por Joe Biden, de manipulação política dos números, afirmando que estes foram "MANIPULADOS para dar uma má imagem dos Republicanos e de MIM PRÓPRIO", embora não tenha apresentado provas.
Segundo analistas como Sam Stovall da CFRA, "os investidores começam a inquietar-se com o facto de a economia (dos EUA) estar a enfraquecer mais depressa do que se pensava".
Este sentimento generalizado levou a uma reavaliação das expectativas, com o mercado a acreditar agora que a Reserva Federal (Fed) será forçada a baixar a sua taxa de juro de referência já na próxima reunião, em setembro, para tentar suster a desaceleração económica.