Um estudo da S&P Global Mobility, baseado em registos de veículos, revela que a taxa de fidelidade da marca atingiu um pico de 73% em junho de 2024, mas começou a cair drasticamente nos meses seguintes, chegando a um mínimo de 49,9% em março de 2025, um valor ligeiramente abaixo da média do setor.
Tom Libby, analista da S&P, considerou a rapidez do declínio como “sem precedentes”, afirmando: “Nunca vi um declínio tão rápido num período tão curto”.
A queda na lealdade coincide com o envolvimento crescente de Musk na política, nomeadamente o seu apoio a Trump após a tentativa de assassinato do candidato republicano e o lançamento do DOGE (Departamento de Eficiência Governamental), que resultou no despedimento de milhares de funcionários públicos.
Este posicionamento político parece ter afastado parte da base de consumidores da Tesla, tradicionalmente mais ecoconsciente e com tendências democratas.
A situação reflete-se diretamente nas vendas: nos primeiros cinco meses de 2025, as vendas da Tesla nos EUA recuaram 8%, e na Europa a queda foi de 33% nos primeiros seis meses do ano, onde a reação pública às políticas de Musk tem sido particularmente intensa. Embora a taxa de fidelidade nos EUA tenha recuperado para 57,4% em maio, colocando a marca novamente acima da média do setor, ainda se encontra atrás de concorrentes como a Chevrolet e a Ford.