Este valor, que subestima o impacto real, reflete os custos adicionais que grupos como Volkswagen, Stellantis, Mercedes-Benz, Ford e General Motors tiveram de suportar devido às sobretaxas sobre veículos e componentes importados para os Estados Unidos. O grupo Volkswagen foi um dos mais afetados, registando um rombo de 1,3 mil milhões de euros nas suas contas, o que contribuiu para uma queda de 36,6% no lucro líquido. A Stellantis, por sua vez, registou um prejuízo de 300 milhões de euros no semestre, prevendo que o valor aumente para 1,5 mil milhões até ao final do ano, resultando num prejuízo acumulado de 2,3 mil milhões de euros. Do lado norte-americano, a Ford estimou o impacto das tarifas em 691 milhões de euros no segundo trimestre, enquanto a General Motors reportou um impacto de 965 milhões de euros no mesmo período. As tarifas, que chegaram a atingir 27,5% em alguns casos, afetaram profundamente as cadeias de abastecimento, especialmente para empresas com fábricas no México.
O recente acordo entre a UE e os EUA, que fixa um limite tarifário de 15%, trouxe algum alívio e previsibilidade, levando a Ferrari a eliminar o risco de 50 pontos-base nas suas margens.
Contudo, a indústria permanece cautelosa, com a BMW a antecipar uma redução na sua margem EBIT devido ao aumento das tarifas.