As ações de empresas de luxo, particularmente as relojoeiras, foram das mais afetadas, refletindo a elevada exposição do setor ao mercado dos EUA. A nova tarifa, que deverá entrar em vigor a 7 de agosto, é consideravelmente mais elevada do que os 15% impostos à União Europeia, representando um grande desafio para a economia suíça.
As ações da Richemont e da Swatch desvalorizaram quase 2%, enquanto o Grupo Watches of Switzerland, um retalhista da Rolex, viu as suas ações caírem mais de 9%.
Os Estados Unidos são o principal mercado externo para a indústria relojoeira suíça, representando 16,8% das exportações, avaliadas em cerca de 4,4 mil milhões de francos.
O CEO do Swatch Group, Nick Hayek, instou a presidente suíça, Karin Keller-Sutter, a deslocar-se a Washington para negociar um acordo melhor.
O governo suíço, que se reuniu de emergência na segunda-feira, afirmou estar "determinado a prosseguir as negociações" e a apresentar uma "proposta mais atrativa aos EUA".
Analistas como Jean-Philippe Bertschy, da Vontobel, alertam que o impacto das tarifas, se se mantiverem nos 39%, "pode ser devastador para inúmeras marcas na Suíça".