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Economia August 6, 2025

China abre mercado ao café brasileiro como resposta às tarifas dos EUA

Numa movimentação estratégica com claras implicações geopolíticas e comerciais, a China autorizou 183 empresas brasileiras a exportar café para o seu mercado, poucos dias após os Estados Unidos terem anunciado a imposição de uma tarifa de 50% sobre o mesmo produto. Esta medida de Pequim oferece uma alternativa crucial para os produtores brasileiros, que enfrentam a perspetiva de ver o seu principal mercado de exportação tornar-se economicamente inviável.

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A decisão da China, válida por cinco anos, surge num momento crítico para o setor cafeeiro do Brasil.

Os EUA são o maior consumidor mundial de café e importaram 3,3 milhões de sacas do Brasil no primeiro semestre de 2025, representando quase 23% do total exportado pelo país.

Com a nova tarifa norte-americana a entrar em vigor esta semana, os produtores brasileiros mostraram-se alarmados e preparados para procurar mercados alternativos.

A China, embora seja um mercado consideravelmente menor, com 530 mil sacas importadas no mesmo período, tem demonstrado um potencial de crescimento exponencial.

O consumo de café no país asiático tem vindo a aumentar rapidamente, impulsionado pelos jovens profissionais urbanos. Este crescimento é evidenciado por acordos recentes, como o assinado entre a ApexBrasil e a Luckin Coffee, a maior cadeia de cafetarias da China, para o fornecimento de 240 mil toneladas de café brasileiro até 2029, um contrato avaliado em 2,5 mil milhões de dólares. O Brasil, responsável por 44% da produção mundial de café arábica, é um fornecedor difícil de substituir a curto prazo, o que confere a esta realocação de fluxos comerciais uma importância estratégica global.

ai briefingEm resumo
Em resposta à imposição de uma tarifa de 50% pelos EUA sobre o café brasileiro, a China autorizou a importação do produto de 183 empresas brasileiras. A medida representa uma alternativa vital para os produtores do Brasil e assinala uma reconfiguração dos fluxos comerciais globais, com a China a reforçar o seu papel como parceiro comercial estratégico do Brasil.

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