A medida, que visa forçar a produção para os EUA, gerou uma forte reação negativa no setor, penalizando as ações de grandes empresas como a Bayer. A ameaça foi comunicada através de cartas enviadas a 17 grandes empresas farmacêuticas e representa uma escalada drástica na guerra comercial.
Trump propõe um aumento faseado das tarifas, começando com uma taxa mais baixa que subiria para 150% em 18 meses e atingiria os 250% posteriormente.
O objetivo, segundo a administração, é claro: “atrair investimentos deste setor para o país, querendo que os produtos farmacêuticos sejam feitos nos Estados Unidos”.
Atualmente, estes produtos estão isentos de tarifas.
A notícia teve um impacto imediato nos mercados, gerando pessimismo entre os investidores do setor da saúde.
As ações da farmacêutica alemã Bayer, por exemplo, chegaram a cair quase 10% na terça-feira, um movimento atribuído não só aos seus resultados trimestrais dececionantes, mas também à incerteza criada por esta nova frente na política comercial de Trump.
A medida, se implementada, poderá levar a uma reconfiguração profunda das cadeias de abastecimento globais da indústria farmacêutica e a um aumento significativo dos custos para os consumidores, embora a administração defenda que a segurança nacional e a criação de empregos nos EUA são as prioridades.