O resultado foi provocado por um ajuste contabilístico não recorrente imposto pelo regulador brasileiro.
Num comunicado enviado ao mercado na quarta-feira, a empresa brasileira explicou que o prejuízo semestral contrasta com um lucro de 2,073 mil milhões de reais no mesmo período de 2024. A principal causa para esta inversão foi um ajuste contabilístico de 3,4 mil milhões de reais nos contratos de transmissão, determinado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), devido a mudanças na metodologia de cálculo das receitas. Excluindo este efeito extraordinário, o lucro líquido ajustado da empresa no semestre foi positivo, atingindo 1,389 mil milhões de reais (218,2 milhões de euros). Este resultado ajustado, que no segundo trimestre foi 43,3% superior ao do ano anterior, permitiu à Eletrobras anunciar a distribuição de dividendos extraordinários no valor de 4 mil milhões de reais aos seus acionistas. A empresa destacou ainda uma redução de 4% nas despesas, auxiliada por um corte de 10% no quadro de pessoal nos últimos doze meses, e uma ligeira diminuição da sua dívida bruta.