A medida, que afeta mais de 60 países, incluindo a União Europeia, estabelece uma taxa média de 18,3%, com valores que oscilam entre 10% e 41%, e visa, segundo a administração Trump, proteger a indústria nacional e reequilibrar as trocas comerciais.
Apesar da intenção declarada, os primeiros indicadores económicos internos dos EUA já apontam para consequências adversas.
Estudos recentes revelam uma desaceleração no setor industrial, com o índice de atividade manufatureira a registar quedas sucessivas.
Paralelamente, observa-se um aumento do desemprego e um agravamento da inflação, o que levanta sérias dúvidas entre especialistas sobre a sustentabilidade e eficácia da estratégia.
Empresas emblemáticas como a Apple, Whirlpool e Procter & Gamble já reportaram perdas substanciais, e muitas outras admitem estar sob pressão para reduzir custos, incluindo através de despedimentos.
A Organização das Nações Unidas (ONU) classificou a situação como uma “notícia desanimadora”, alertando que “todas as guerras comerciais são ruinosas e devem ser evitadas”.
O governo norte-americano, por sua vez, espera arrecadar cerca de 50 mil milhões de dólares (43 mil milhões de euros) por mês com as novas taxas.
Para a União Europeia, foi negociada uma tarifa geral de 15%, embora o acordo final ainda esteja a ser detalhado.
O impacto já se fez sentir nas exportações portuguesas para os EUA, que registaram uma queda de quase 40% em junho, ainda antes da entrada em vigor das pautas.













