A descida foi liderada pelos produtos químicos e agravou o défice da balança comercial portuguesa.

Os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) revelam o forte impacto que a antecipação da guerra comercial teve nas trocas comerciais.

Em junho, as vendas para o mercado norte-americano reduziram-se em 219 milhões de euros, passando de 557 milhões em junho de 2024 para 338 milhões no mesmo mês de 2025.

Esta quebra foi “essencialmente” impulsionada pela categoria de “Químicos”, onde se incluem transações com vista a trabalho por encomenda.

A descida acentuada contribuiu para uma variação homóloga negativa de 0,1% no total das exportações portuguesas e para um agravamento do défice da balança comercial em 337 milhões de euros, que atingiu os 2.348 milhões de euros em junho. O colapso das exportações para os EUA é particularmente significativo, dado que o país se tinha tornado o quarto principal cliente de Portugal, com o peso nas exportações a crescer de 5% em 2019 para 6,8% em 2023. A situação demonstra como a incerteza e a ameaça de barreiras comerciais podem afetar drasticamente os fluxos de comércio, mesmo antes da sua implementação formal, que ocorreu a 7 de agosto.