O líder do programa, Peter Bannon, está de saída da empresa. A decisão, noticiada pela Bloomberg, representa uma reviravolta na estratégia de hardware de IA da Tesla. O supercomputador Dojo foi concebido especificamente para o treino dos sistemas de condução autónoma, através do processamento de grandes volumes de dados e vídeo.

Este projeto era visto como um pilar fundamental para as ambições da empresa em alcançar a autonomia total.

No entanto, o CEO Elon Musk justificou a mudança na rede social X, afirmando que “não faz sentido para a Tesla dividir os seus recursos e escalar dois designs de 'chips' de IA muito diferentes”. Musk acrescentou que os futuros chips, como o “Tesla AI5, AI6 e subsequentes”, serão “excelentes para inferência e, pelo menos, muito bons para treino”, indicando uma aposta num design mais unificado e versátil.

A dissolução da equipa do Dojo surge após a saída de cerca de 20 membros para a DensityAI, uma nova empresa de inteligência artificial criada por antigos líderes da Tesla. Esta reorientação estratégica sugere que a empresa pretende consolidar os seus esforços de desenvolvimento de chips, focando-se numa arquitetura única que possa servir tanto para o processamento no veículo (inferência) como para o treino dos modelos de IA, em vez de manter um sistema altamente especializado como o Dojo.