Estas medidas refletem um esforço concertado para travar práticas ilícitas e recuperar receita fiscal.

Segundo os dados reportados, a AT está a investigar fugas ao fisco que ascendem a mais de 536 milhões de euros, o que representa um aumento de 111 milhões em desvios fiscais em comparação com o ano de 2023. Para reforçar a sua capacidade de investigação, o Fisco tem recorrido de forma crescente ao levantamento do segredo bancário.

Em 2024, a AT solicitou a quebra do sigilo em 795 processos, um número que representa um crescimento expressivo de 71% face aos 465 processos registados em 2015. Este aumento acentuado no recurso a uma medida de exceção demonstra a determinação da administração fiscal em aceder a informação financeira detalhada para fundamentar os seus processos e combater esquemas de fraude complexos. A combinação destas duas frentes de atuação – o foco em valores de evasão mais elevados e a maior utilização de ferramentas de investigação financeira – sinaliza uma abordagem mais robusta e proativa por parte da Autoridade Tributária na fiscalização e na luta contra a economia paralela.