Por um lado, responsáveis do setor bancário, como o líder do Santander, afirmam existir uma forte concorrência e uma "guerra de preços" no crédito, embora admitam que a competitividade é menor no que toca à remuneração dos depósitos.

Esta dinâmica competitiva pode, em teoria, beneficiar os consumidores com melhores condições de financiamento.

No entanto, um outro artigo alerta para a existência de cláusulas menos óbvias nos contratos de crédito pessoal e habitação que podem ter um impacto financeiro substancial.

Entre as mais relevantes estão a comissão de amortização antecipada, que pode tornar desvantajoso o reembolso do crédito antes do prazo, e as vendas associadas, onde a adesão a produtos adicionais (como cartões ou contas com custos) é uma condição para manter benefícios como a bonificação do spread. Outro ponto crítico é a obrigatoriedade de contratação de seguros associados, como os de vida e multirriscos, através do próprio banco, apesar de a lei permitir a sua contratação externa.

Muitos consumidores desconhecem que podem procurar alternativas mais competitivas ou que, no crédito ao consumo, estes seguros são frequentemente facultativos.

A falta de leitura atenta e compreensão destas alíneas pode levar a encargos inesperados, sublinhando a importância de uma análise cuidada do contrato antes da sua assinatura.