A contrapartida é o pagamento de uma taxa de 15% sobre as receitas geradas, uma medida que reconfigura as tensões comerciais e tecnológicas entre as duas maiores economias mundiais. Este acordo, que surge pouco antes do fim da trégua comercial de 90 dias entre Washington e Pequim, representa uma mudança significativa na abordagem dos EUA à exportação de tecnologia sensível. As licenças, emitidas pelo Departamento de Comércio, aplicam-se a chips específicos como o H20 da Nvidia e o MI308 da AMD, componentes vitais para o desenvolvimento de modelos de IA em larga escala.

A decisão foi tomada após uma reunião entre o CEO da Nvidia, Jensen Huang, e o Presidente Donald Trump na Casa Branca.

Para os Estados Unidos, o acordo poderá render mais de 2 mil milhões de dólares, transformando o governo num parceiro efetivo nas operações destas empresas na China, uma solução que espelha outras abordagens recentes da administração, como a "golden share" no acordo da US Steel. A Nvidia, que não enviava os seus chips H20 para a China há meses, manifestou a esperança de que as novas regras permitam continuar a competir no mercado asiático. Este desenvolvimento é um capítulo crucial na guerra tecnológica, demonstrando uma nova estratégia pragmática de Washington para controlar a exportação de tecnologia crítica, ao mesmo tempo que gera receitas e pressiona as empresas a investirem nos EUA, como evidenciado pela ameaça de Trump de aplicar tarifas de 100% a empresas de semicondutores que não o façam.