O movimento reflete a sensibilidade do metal precioso às tensões geopolíticas e às expectativas dos investidores relativamente ao fim do conflito na Ucrânia.

Na sexta-feira, a onça de ouro atingiu um novo recorde histórico, superando os 3.432 dólares, impulsionada pela procura por ativos de refúgio. Os investidores reagiram ao aumento da instabilidade económica decorrente da guerra de tarifas iniciada pelos EUA e à crescente convicção de que a Reserva Federal americana se prepara para cortar as taxas de juro de referência.

No entanto, o cenário alterou-se drasticamente no início da semana seguinte.

Na segunda-feira, os futuros do ouro registaram uma queda acentuada de 2,46%, com a onça a recuar para cerca de 3.405 dólares. A principal causa para esta inversão foi o anúncio de uma reunião agendada para sexta-feira entre os presidentes dos Estados Unidos e da Rússia. A notícia gerou otimismo nos mercados, que interpretaram o encontro como um passo significativo para o fim da guerra no leste europeu, um dos principais objetivos declarados de Donald Trump.

Com o alívio das tensões geopolíticas, a procura pelo ouro como ativo seguro diminuiu, provocando a correção no seu preço.