O preço do ouro, um tradicional ativo de refúgio, registou movimentos significativos, influenciado por tensões geopolíticas e pela incerteza em torno da política de tarifas dos EUA. A volatilidade culminou com uma clarificação do Presidente Donald Trump sobre a isenção de tarifas sobre o metal precioso. Na segunda-feira, o ouro sofreu uma desvalorização de 2,35%, para perto de 3.409 dólares por onça, após notícias de uma possível reunião entre os líderes dos EUA e da Rússia para discutir a paz na Ucrânia, o que diminuiu a procura por ativos de refúgio. No entanto, na terça-feira, o ouro valorizou-se para 3.349,54 dólares e na quarta-feira continuou a subir para 3.358,46 dólares.
Esta recuperação esteve ligada à confusão gerada por um documento da alfândega norte-americana que sugeria que barras de ouro poderiam ser sujeitas a tarifas. Esta incerteza levou os futuros do ouro a atingirem um recorde histórico de 3.534,10 dólares na sexta-feira anterior.
Para acalmar os mercados, Donald Trump publicou na sua plataforma Truth Social a mensagem: "O ouro não estará sujeito a tarifas!".
A Casa Branca já tinha informado que emitiria uma ordem executiva para esclarecer a "desinformação".
Apesar da clarificação, o preço do ouro permaneceu elevado, refletindo o seu estatuto de porto seguro em tempos de instabilidade económica e o facto de, como um artigo nota, os preços do ouro terem subido 32% desde o ano passado.
Em resumoO ouro experimentou volatilidade, caindo com o alívio de tensões geopolíticas e subindo devido à confusão sobre tarifas dos EUA. A confirmação da isenção de tarifas por parte de Trump estabilizou o mercado, mas o metal precioso manteve-se em níveis elevados.