Estas variações ocorrem num contexto de expectativa sobre os próximos passos do Banco Central Europeu (BCE) em relação às suas taxas diretoras.

Durante as sessões de quinta e sexta-feira, as taxas Euribor apresentaram movimentos divergentes. Na quinta-feira, a taxa a seis meses subiu, enquanto as de três e doze meses desceram. Já na sexta-feira, todas as taxas, a três, seis e doze meses, registaram uma descida. A Euribor a seis meses, que é a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, representando 37,74% do total segundo dados de junho do Banco de Portugal, foi fixada em 2,111% na sexta-feira. A taxa a doze meses representava 32,28% dos empréstimos e a de três meses 25,58%.

Estas oscilações diárias, embora ligeiras, refletem a incerteza dos mercados financeiros quanto à política monetária futura.

O BCE manteve as suas taxas diretoras na última reunião de 24 de julho, após um ciclo de oito reduções iniciado em junho de 2024. Atualmente, os analistas estão divididos: alguns antecipam a manutenção das taxas até ao final do ano, enquanto outros preveem um novo corte de 25 pontos base já na próxima reunião, agendada para setembro.

Esta incerteza mantém a volatilidade nos mercados monetários e, consequentemente, nas taxas Euribor, com impacto direto nas prestações mensais pagas por milhões de famílias.