Esta análise surge após a divulgação de resultados sólidos no primeiro semestre do ano. Numa análise aos resultados da primeira metade do ano, a DBRS concluiu que os maiores bancos portugueses continuaram a apresentar um desempenho financeiro robusto, não antecipando uma "deterioração significativa" devido à incerteza económica global.

Os lucros agregados dos seis maiores bancos atingiram 1.427 milhões de euros no segundo trimestre.

A agência acredita que, mesmo com a redução gradual das taxas de juro de mercado, a rentabilidade do setor será sustentada por vários fatores. Jason Graham, responsável da agência, afirmou: "Esperamos que a redução dos custos de financiamento com depósitos, a elevada procura por crédito de uma economia portuguesa saudável, e a melhoria da eficiência operacional sustentem a rentabilidade na segunda metade do ano". A DBRS destacou ainda a solidez dos balanços dos bancos, referindo que a libertação de provisões e imparidades reflete uma melhoria na qualidade dos ativos.

"O crédito malparado nos maiores bancos portugueses continua a cair e compara favoravelmente com os pares do sul da Europa", sublinhou a agência, que também apontou para os sólidos rácios de capital e o bom desempenho das instituições portuguesas nos testes de stress da Autoridade Bancária Europeia.