Após meses de euforia e valorizações substanciais, os investidores começam a questionar a sustentabilidade do rali, especialmente no que diz respeito às empresas ligadas à IA. A publicação de um relatório do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) que colocou em perspetiva a rentabilidade destes investimentos para as empresas serviu como um dos gatilhos para a venda. O analista Henrique Valente, da ActivTrades Europe, aponta que "a correção surge num contexto de maior ceticismo em relação às tecnológicas e à sustentabilidade do rali recente".

Este sentimento é agravado por movimentos como o da Meta, que anunciou uma pausa nas contratações em IA.

A desconfiança está a atrair 'short sellers', que apostam na queda das ações, visando empresas como a Palantir, onde se verifica um "fosso entre os fundamentos do negócio e a sua cotação em bolsa".

Para Tim Urbanowicz, da Innovator Capital Management, muitas destas ações estavam simplesmente "sobrecompradas" e, dado o seu nível de avaliação, é necessário manter "a cautela" e evitar "o excesso de confiança".

A liquidação foi generalizada, com todas as 'sete magníficas' a fecharem no vermelho, ilustrando uma retirada de risco alargada do setor.