Em contraste, outros títulos registaram perdas, evidenciando dinâmicas setoriais distintas dentro do mercado português.

Na sessão de quarta-feira, que viu o PSI avançar 0,29%, os principais destaques positivos foram a REN, que subiu 1,34%, os CTT, com um ganho de 1,28%, e a operadora de telecomunicações NOS, que somou 1,27%.

Estas empresas, muitas vezes associadas a setores mais defensivos ou com receitas estáveis, foram claramente preferidas pelos investidores num dia de aversão ao risco na Europa. Este padrão repete o observado na sessão anterior, na terça-feira, onde a NOS, juntamente com Sonae, BCP e EDP, também esteve entre as maiores subidas, impulsionando o índice para máximos de mais de uma década. Em sentido oposto, a construtora Mota-Engil foi consistentemente apontada como uma das principais responsáveis por limitar ganhos maiores, tendo caído 1,87% na quarta-feira e 1,23% na terça.

Esta performance negativa pode refletir preocupações específicas do setor da construção ou da própria empresa.

A análise do desempenho individual das cotadas do PSI mostra que a subida do índice não foi um movimento uniforme, mas sim o resultado de uma seleção criteriosa por parte dos investidores, que recompensaram determinados títulos enquanto penalizavam outros, numa clara demonstração de rotação setorial.